RICK LAST STANDS

Sunday, October 15, 2006

VOX


“O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos,dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”.

Martin Luther King

Thursday, September 28, 2006

"Pois é..."

Tuesday, September 26, 2006

"Mar de Lama"

Saturday, September 02, 2006

"Discurso"



Tudo bem...
A vitória do PT, e já no primeiro turno, é inevitável !
Teremos que suportar o seu discurso medíocre e rancoroso por mais quatro anos.
Tudo bem...
A Bolívia é logo ali, tem bons empregos em infra-estrutura agrícola. Ademais, com telefone, Voip, Net, e muitos outros similares, nada fica mais “tão longe...”
O problema não é esse...
O que me causa espanto é pensar que nosso povo ainda se vende por esmolas, como na época das Capitanias Hereditárias, e também, como naquela época, faz ouvidos surdos e coração cego ao sem numero de “sacanagens” e roubos...
Eu sei que nosso país é muito diferente regionalmente, e que tem lugares em que essa esmola de Bolsa Família até ajuda. Mas engolir a propaganda governamental, dizendo que o “Bolsa Família mudou a vida das pessoas...” Isso é insuportável para mim !!!!
Não é possível ficar sem reação.
Por desencargo de consciência fui no site do PT.
Nenhuma proposta concreta. Nada que alguém com um mínimo de conhecimento e cultura consiga tirar de proveitoso. Só discurso, e de discursos vazios, estamos fartos. Eu estou pelo menos.
Fico pensando...
Tenho o povo brasileiro como o povo mais “gente boa” que temos nos cinco continentes. Cortês, gentil, e que soube receber todos os povos que escolheram essa terra para “tocar” a vida. Não se tem noticias de conflitos étnicos, muito menos religiosos.
Nas cidades grandes, notadamente São Paulo, é muito comum encontrar povos, que em sua terra de origem vivem em conflito, e que aqui vivem em harmonia e em paz.
Aqui não há terrorismo, pois o que o PCC faz é terrorismo de “meia tigela”, e só o faz, porque nossas leis são ultrapassadas, culpa de legisladores corruptos e incompetentes, esses sim são perigosos na medida do mal que fazem.
Falar de recursos naturais é um lugar comum, já que é muito fácil comparar-nos com outros países, até os de primeiro mundo.
O que nos falta então?
Podem-se dar mil respostas a essa pergunta, então dou a minha.
O que falta é pararmos de ser passivos; pararmos de pensar que este é o país do carnaval, e que o Brasil tem o melhor futebol do Mundo (na verdade temos o melhor vôlei... Futebol? Afff !!! ...) e que todo resto não importa...
Pararmos definitivamente de aceitar que quem gerencia a “coisa pública” a lápide, em benefício próprio. Pararmos de aceitar esmolas, mesmo por que, as esmolas são do nosso próprio dinheiro. Ao invés disso, temos que exigir que o nosso dinheiro seja investido em nosso benefício e crescimento. Cada centavo!!!
Cobrar dos deputados que colocamos lá. Mas cobrar mesmo!!!
Encher o saco do cara, mandar e-mail, fazer caravana, telefonar (e a cobrar)... Não dar sossego. Fazer com que ele perceba que a finalidade dele ser é para trabalhar por quem o elegeu.
Enfim,
Darmos-nos a importância que merecemos.
Fazer valer as nossas vontades e necessidades.
E não deixar, nunca mais, que sanguessugas e mensaleiros cheguem perto de Brasília, ou mesmo da repartição publica da esquina ai da sua casa. Por favor, nunca mais...
Não permita.
(... que empresa será que faz vôos para La Paz?)

"Clic"





Luis Fernando Verissimo

Cidadão se descuidou e roubaram seu celular. Como era um executivo e não sabia mais viver sem celular, ficou furioso. Deu parte do roubo, depois teve uma idéia. Ligou para o número do telefone. Atendeu uma mulher.
— Aloa.
— Quem fala?
— Com quem quer falar?
— O dono desse telefone.
— Ele não pode atender.
— Quer chamá-lo, por favor?
— Ele esta no banheiro. Eu posso anotar o recado?
— Bate na porta e chama esse vagabundo agora.
Clic. A mulher desligou. O cidadão controlou-se. Ligou de novo.
— Aloa.
— Escute. Desculpe o jeito que eu falei antes. Eu preciso falar com ele, viu? É urgente.
— Ele já vai sair do banheiro.
— Você é a...
— Uma amiga.
— Como é seu nome?
— Quem quer saber?
O cidadão inventou um nome.
— Taborda. (Por que Taborda, meu Deus?) Sou primo dele.
— Primo do Amleto?Amleto. O safado já tinha um nome.
— É. De Quaraí.
— Eu não sabia que o Amleto tinha um primo de Quaraí.
— Pois é.
— Carol.
— Hein?
— Meu nome. É Carol.
— Ah. Vocês são...
— Não, não. Nos conhecemos há pouco.
— Escute Carol. Eu trouxe uma encomenda para o Amleto. De Quaraí. Uma pessegada, mas não me lembro do endereço.— Eu também não sei o endereço dele.
— Mas vocês...
— Nós estamos num motel. Este telefone é celular.
— Ah.
— Vem cá. Como você sabia o número do telefone dele? Ele recém-comprou.
— Ele disse que comprou?
— Por que?O cidadão não se conteve.
— Porque ele não comprou, não. Ele roubou. Está entendendo? Roubou. De mim!
— Não acredito.
— Ah, não acredita? Então pergunta pra ele. Bate na porta do banheiro e pergunta.
— O Amleto não roubaria um telefone do próprio primo.E Carol desligou de novo.
O cidadão deixou passar um tempo, enquanto se recuperava. Depois ligou.
— Aloa.
— Carol, é o Tobias.
— Quem?
— O Taborda. Por favor, chame o Amleto.
— Ele continua no banheiro.
— Em que motel vocês estão?
— Por que?
— Carol, você parece ser uma boa moça. Eu sei que você gosta do Amleto...
— Recém nos conhecemos.
— Mas você simpatizou. Estou certo? Você não quer acreditar que ele seja um ladrão. Mas ele é, Carol. Enfrente a realidade. O Amleto pode Ter muitas qualidades, sei lá. Há quanto tempo vocês saem juntos?
— Esta é a primeira vez.
— Vocês nunca tinham se visto antes?
— Já, já. Mas, assim, só conversa.
— E você nem sabe o endereço dele, Carol. Na verdade você não sabe nada sobre ele. Não sabia que ele é de Quaraí.
— Pensei que fosse goiano.
— Ai esta, Carol. Isso diz tudo. Um cara que se faz passar por goiano...
— Não, não. Eu é que pensei.
— Carol, ele ainda está no banheiro?
— Está.
— Então sai daí, Carol. Pegue as suas coisas e saia. Esse negocio pode acabar mal. Você pode ser envolvida.
— Saia daí enquanto é tempo, Carol!
— Mas...
— Eu sei. Você não precisa dizer. Eu sei. Você não quer acabar a amizade. Vocês se dão bem, ele é muito legal. Mas ele é um ladrão, Carol. Um bandido. Quem rouba celular é capaz de tudo. Sua vida corre perigo.
— Ele esta saindo do banheiro.
— Corra, Carol! Leve o telefone e corra! Daqui a pouco eu ligo para saber onde você está.
Clic.
Dez minutos depois, o cidadão liga de novo.
— Aloa.
-- Carol, onde você está?
— O Amleto está aqui do meu lado e pediu para lhe dizer uma coisa.
— Carol, eu...
— Nós conversamos e ele quer pedir desculpas a você. Diz que vai devolver o telefone, que foi só brincadeira. Jurou que não vai fazer mais isso.
O cidadão engoliu a raiva. Depois de alguns segundos falou:
— Como ele vai devolver o telefone?
— Domingo, no almoço da tia Eloá. Diz que encontra você lá.
— Carol, não...Mas Carol já tinha desligado.
O cidadão precisou de mais cinco minutos para se recompor. Depois ligou outra vez.
—Aloa.Pelo ruído o cidadão deduziu que ela estava dentro de um carro em movimento.
— Carol, é o Torquatro.
Quem?
— Não interessa! Escute aqui. Você está sendo cúmplice de um crime. Esse telefone que você tem na mão, esta me entendendo? Esse telefone que agora tem suas impressões digitais. É meu! Esse salafrário roubou meu celular!
— Mas ele disse que vai devolver na...
— Não existe Tia Eloá nenhuma! Eu não sou primo dele. Nem conheço esse cafajeste. Ele esta mentindo para você, Carol.
— Então você também mentiu!
— Carol...
Clic.Cinco minutos depois, quando o cidadão se ergueu do chão, onde estivera mordendo o carpete, e ligou de novo, ouviu um "Alô" de homem.
— Amleto?
— Primo! Muito bem. Você conseguiu, viu? A Carol acaba de descer do carro.
— Olha aqui, seu...
— Você já tinha liquidado com o nosso programa no motel, o maior clima e você estragou, e agora acabou com tudo. Ela está desiludida com todos os homens, para sempre. Mandou parar o carro e desceu. Em plena Cavalhada. Parabéns primo. Você venceu. Quer saber como ela era?
— Só quero meu telefone.
— Morena clara. Olhos verdes. Não resistiu ao meu celular. Se não fosse o celular, ela não teria topado o programa. E se não fosse o celular, nós ainda estaríamos no motel. Como é que chama isso mesmo? Ironia do destino?
— Quero meu celular de volta!
— Certo, certo. Seu celular. Você tem que fechar negócios, impressionar clientes, enganar trouxas. Só o que eu queria era a Carol...
— Ladrão
— Executivo
— Devolve meu...
Clic.Cinco minutos mais tarde. Cidadão liga de novo. Telefone toca várias vezes. Atende uma voz diferente.
— Ahn?
— Quem fala?
— É o Trola.
— Como você conseguiu esse telefone?
— Sei lá. Alguém jogou pela janela de um carro. Quase me acertou.
— Onde você está?
— Como eu estou? Bem, bem. Catando meus papéis, sabe como é. Mas eu já fui de circo. É. Capitão Trovar. Andei até pelo Paraguai.
— Não quero saber de sua vida. Estou pagando uma recompensa por este telefone. Me diga onde você está que eu vou buscar.
— Bem. Fora a Dalvinha, tudo bem. Sabe como é mulher. Quando nos vê por baixo, aproveita. Ontem mesmo...
— Onde você está? Eu quero saber onde!
— Aqui mesmo, embaixo do viaduto. De noitinha. Ela chegou com o índio e o Marvão, os três com a cara cheia, e...



Extraído do livro "As Mentiras que os Homens Contam", Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2000, pág. 41.A vida e a obra de Luis Fernando Verissimo estão em "Biografias".

Sunday, August 27, 2006

"Saudade"


Saudade ... saudade daqueles que nos acompanharam por muito tempo e de repente ... se foram ... para outra cidade ... outro país ... outro mundo ... outro astral. Sentir saudade nem sempre é ruim ... mesmo quando as lembranças nos enchem os olhos de lágrimas ... afinal ... quantas e quantas vezes choramos de rir ... a saudade serve para relembrar de todos aqueles momentos maravilhosos que ficaram gravados, não na nossa memória ... mas no nosso coração ... aqueles momentos que nos confortam em momento de solidão, e que servem de consolo de demonstração de que ... apesar das agruras da vida ... em algum momento ... fomos felizes ... e fizemos a diferença, deixando alguém feliz também ... Assim ... quando pintar a saudade ... não fique triste ... relembre todas as coisas boas escondidas no HD da sua memória ou do seu coração e compartilhe a alegria que foi vivida e pela qual vale a pena sentir saudade.


    ...o fim do dia me trouxe esse texto, presente de um anjo cor-de-rosa chamada TT... Saudade... Impossível não sentir saudade de você TT... Te amo

“Como se expandem as Máfias (e certos impérios).”

Pegaram o cara em flagrante,roubando galinhas de um galinheiro e o levaram para a delegacia.
Delegado- Que vida mansa, hein, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai para a cadeia !
Ladrão- Não era para mim não. Era para vender.
Delegado- Pior. Venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido .Sem vergonha !
Ladrão- Mas, eu vendia mais caro.
Delegado- Mais caro ?
Ladrão- Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas, e as minhas galinhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos, enquanto as minhas botavam ovos marrons.
Delegado- Mas eram as mesmas galinhas. Safado.
Ladrão- Os ovos da minha eu pintava.
Delegado- Que grande pilantra...(Mas já havia um certo respeito no tom do delegado).Ainda bem que tu vais preso. Se o dono do galinheiro te pega...
Ladrão- Já me pegou. Fiz um acordo com ele. Me comprometi a não espalhar boatos sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiro a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso , um ovigopólio.
Delegado- E o que você faz com o lucro do seu negócio?
Ladrão- Especulo em dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos, para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços. ( O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso, e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada). Depois perguntou.
Delegado- Doutor, não me leve a mal, mas, com tudo isso, o senhor não está milionário?
Ladrão- Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado, ilegalmente, no exterior.
Delegado- E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?
Ladrão- As vezes. Sabe como é.
Delegado- Não sei não, excelência. Me explique.
Ladrão- É que, em todas as minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente, um ladrão. E isso é excitante. Como agora eu fui preso, finalmente, vou para a cadeia. É uma experiência nova.
Delegado- O que é isso excelência? O senhor não vai ser preso, não.
Ladrão- Mas fui pego em flagrante, pulando a cerca do galinheiro!
Delegado- Sim. Mas, primário, e com esses antecedentes...


Luiz Fernando Verissímo.

Sunday, July 16, 2006

" Curtas e Ácidas "

· O PT vai denunciar José Serra a Justiça com noticia crime. A argumentação é que, ao vincular o PT ao PCC, Serra cometeu crime de calunia e danos morais ao partido, e ainda pode provocar possíveis atos de violência contra militantes do partido... Oras... Caixa Dois, Estatais como balcão de negócios, agências de propagandas fraudulentas, saques milionários em espécie, malas de dinheiro aparecendo como chuchu na cerca, Land Rover de “mimu”, o caso do prefeito de Santo André, Celso Daniel... Dirceu viajando a Bolívia em missão secreta... Orra meu... O PCC deve estar com inveja...

· A Doce Susane, por meio dos seus advogados, declarou que pretende abrir mão da sua parte na herança dos pais, ficando somente a disposição do seu irmão ( que faz curso de Farmácia) para ajudar a administrar os negócios...Aff..Pelo jeito ela vai usar muito internet backing nos próximos anos. Mas isso é fácil de ajeitar em qualquer presídio.

· Frase lida no vidro de um carro, esta semana aqui em Prudente... “Se o Lula é inocente, Beira-Mar para Presidente”! ... Aff... Será que tem uma vaga de vice nesta chapa para o Marcola?

· Um amigo que trabalha com confecção me contou essa.Diz ele que as Meias Kendal procuram um garoto propaganda para a nova coleção Primavera/Verão.O nome mais cotado é o do lateral da seleção brasileira de futebol, Roberto Carlos...Hehehe.

"...numa noite dessas"

Acordei no meio da noite, e só a ti pertencem meus pensamentos.
Pos vezes já verifiquei o outro lado da cama, mas este está vazio, o que não me convence.
Tento fechar os olhos, me livrar desses pensamentos e dormir, mas a imagem do teu corpo nu a dançar sobre mim não me deixa faze-lo.
Hum... Delicia-me imagina-lo.
Corpo de muitas curvas, de pele macia e sabor intenso... Sabor de vida, plenitude e envolvimento... Sem meios termos.
Repasso mentalmente a noite toda, desde aquele telefonema. Indescritível o que senti quando, ao abrir a porta, te vi naquele vestido azul.
...e como me dava prazer, minutos depois, observar tua boca, teus lábios a massagear a borda do copo... Tomando-as para si.
Teu cheiro está aqui, tornando viva a tua lembrança, sufocando-me de saudade.
Cheiro de mulher, de prazer, de gozo intenso.
Neste momento mal me lembro da conversa, mas poderia usar dez mil palavras, que mesmo assim seria impreciso ao tentar descrever o brilho do teu olhar. Facho de luz, que inundava minha alma, tornando-me completo.
Quando sentados frente a frente, tua mão em meus cabelos... E as minhas a explorar cada pedacinho do meu tesouro, do meu maior desejo.
Aquele beijo detonou tudo.
Não seria capaz de dizer se ainda estavas de vestido, quando tomei seus seios em minha boca sedenta. E me exita a rapidez com que eu mudava de lado.
Tudo aquilo começou na sala e dali fomos nos arrastando pelas paredes, chão e moveis...Chegamos finalmente na cama, totalmente nus e ali nos entregamos.
Pulsar de vontade alucinada. Fizemos amor, tesão, desejo, loucuras...Inúmeras vezes, sem começo, nem fim.É provável que não haja como classificar o que aconteceu naquele quarto.Mas fique assim mesmo.Bom é paixão sem termos.
(Deliciosamente descabida...)
Agora aqui sozinho nesta mesma cama, entendo porque meu corpo dói tanto. Braços e pernas, boca e língua...
Culpo-me por ter deixado você partir. Linda, com as sandálias nas mãos. Mas sinceramente não tinha mais forças para impedir. Forças para nada, a não ser vislumbrar teu corpo sacudir no ritmo das passadas ao sair pela porta do quarto afora...
Vou a cozinha tomar uma cerveja, tropeçando nas roupas que deixei pelo caminho. Toco as paredes que foram só nossas, lembrando de ti em posições impublicaveis.Provavelmente ate as minhas seriam...
Apesar de copos generosos, o sabor do teu sexo ainda esta na minha boca. E na mente estará gravado para sempre. Finalmente ascendo um cigarro e me sento na cadeira da área. Observando a Lua reflito...
E desejo ardentemente que você volte logo.


Thursday, July 13, 2006

"Costelinhas"

Próximo de casa há um prédio comercial, e neste, entre outras coisas, há um açougue.
Logo depois que descobri que o dono era corinthiano, tratei de ficar amigo dele. Um coroa gente boa, descendente de italianos. Sempre alegre, é daqueles que perdem o cliente, mas não perde a piada.
Um dia desses, entediado na hora do almoço, fui para lá e me ocupei lendo o jornal do dia, sentado em um banco na entrada do açougue. Entre comentários irônicos e observações sobre a profissão da mãe de alguns políticos, eu observava os clientes e trausentes que meus olhos alcançavam.
No meio de uma critica sobre o estado lastimável do nosso time, fui interrompido pela entrada de uma cliente, que depois soube ser enfermeira e moradora do prédio. Mulher de trinta e poucos anos, morena, corpo curvilíneo. Não era linda, mas tinha um rosto simpático. Trajava uma blusinha de alcinha e uma bermuda de Licra colada ao corpo. Isto ate seria normal, a não ser que a peça em questão era branca, e tão transparente que eu seria capaz de dizer as instruções de lavagem inseridas em sua calcinha.
Dirigiu-me uma olhadela ao entrar, mais por instinto, do que por um possível interesse reflito. Pediu decididos 2 kg de costelinha, e permaneceu ali entretida a olhar o balcão de carnes.
Dois ou três trausentes que passavam pela rua, dando conta da cliente, lhe dirigiam olhares sedentos, e elogios grosseiros...
Finalmente ela se foi, levando consigo somente a costelinha, mas sem que o nosso herói açougueiro deixasse de se deliciar com a visão do seu back side saltitante a ganhar a rua...
Depois de ouvir inúmeras conjecturas sobre como despiria a nossa vizinha, fui-me embora, almoçar e dar uma relaxada, pois a tarde prometia.
No caminho pensava...
É notória na nossa cultura a figura da gostosona, o que desde cedo é incutido na nossa cabeça de homem de sul americano machista... E talvez até depois de casados, seja a esta a figura e/ou modelo de mulher que muitos homens casados imaginem quando a noite então com suas esposas.
Mas deixando isto de lado, vou alem...
Será que alguém, que precisa se expor tanto, provocando o desejo de estranhos (e não seu respeito), esta com o amor próprio em dia?
Ou será esta uma forma encontrada por ela, e por muitas, de compensar a falta de atrativos e/ou qualidades que ela mesma não vê em si, com a exposição excessiva do corpo...
Sei lá...
Costelinha de porco com um arrozinho branco me atrairia bastante...
(...peixe morre pela boca....)

"Happy Hour"

É muito comum eu permanecer na empresa até mais tarde... 19h, 20 h. Organizando os serviços do dia e adiantando os do dia seguinte.
Mas hoje não.
Hoje me dei um presente. Um Happy Hour.
Sim.
Fui para o calçadão no centro, e escolhi uma lanchonete. Sentei-me em uma mesa na calçada e pedi uma Brahma e uma porção de torresmo.
A cerveja veio rápido, e ávido, tomei um grande gole, longo e saboroso. Enquanto esperava o tira gosto, ascendi um cigarro e passei a observar o burburinho de transeuntes em fim de expediente. Um mulherio diverso ia e vinha a encher meus olhos. Loiras, morenas e orientais.
De longe avistei uma loira... De terninho azul marinho, e da altura de um arranha-céu. Também grandes eram os saltos de suas delicadas sandálias cor creme.
Cabelos soltos, corpo de deusa.
Impressionava-me a delicadeza e ao mesmo tempo a firmeza de suas passadas... Era como se estivesse descalça que flutuasse.
Hum... Que coisa linda de ver.
Por instantes desejei ser paralelepípedo.
(Ufa... Ainda bem que o torresmo chegou...)